22 de novembro de 2007

O primeiro All Star

Tia Paula e tio Jairo souberam da novidade foram logo providenciar o primeiro All Star do neném. Branquinho básico porque ainda não sabemos se vem menino ou menina por aí. Obrigada tios pelo carinho e atenção. Ficamos muito felizes com o mimo e com a visitinha. Queremos mais!!!


Letícia De Castro
(a mais ansiosa)

16 de novembro de 2007

Eu cheguei ao meu melhor

Descobri um sonho...um sonho que não sabia possível. Sabe aquela coisa mais linda que pode haver e que a gente nunca está preparado totalmente pra receber e se assusta com tantas possibilidades? Sabe aquele beijo perfeito, na noite perfeita, com a pessoa perfeita, uma sensação de que a vida, o mundo, o ar pode parar pra nunca mais acabar??? Então, eu cheguei nesse momento: ESTOU GRÁVIDA!!!!


Isso mesmo, cheguei ao dia mais esperado da minha vida e não vejo a hora de olhar a carinha, as mãozinhas, os pezinhos, os sorrisos, os primeiros espirros, as palavras intelígiveis, os passinhos errantes...ai cada coisa. Noites em claro com medo da febre .... Tudo isso é tão esperado que chega a dar medo. Tudo o que a gente conhece como medo, perigo, natal, páscoa, violência, segredos.... isso tudo toma outras proporções quando o útero recebe a única coisa capaz de mudar até a cor da cidade que vemos e acostumamos a passar todos os dias.


Essa fase, em que ainda não sei se vai ser a Olívia ou o Bernardo ou Thomaz, a incerteza é geral. Será que dá pra se depilar com cera? Será que dá pra tomar paracetamol pra dor de cabeça? Será que dá pra fazer hidorginástica antes das 14 semanas? Ai, tantas questões pro meu abnegado obstetra Heitor (o mesmo que me trouxe ao mundo - bem emocionante)..... Tudo com tanto amor que chega a doer!!! Uma dor boa, e nunca achei que isso fosse possível!!!!


Eu amo uma pessoa que ainda não vi. Eu amo um ser que concebi sem saber, sem querer, sem poder....e ainda assim, amo. Amo ter não sabido, não ter planejado e sem poder. Agora eu posso tudo. Agora eu sei o que é ser uma Mulher Maravilha. Eu sou, eu vou, eu estou uma Mulher Maravilha...Maravilhada!!!!!


Olhem os presentes do povo mais abobado do mundo...tios, tias, dindas, avós, bisavós, amigas .... Reparem em todos os aparatos do Grêmio que a família Fernandes deu jeito de trazer assim que souberam da novidade. A almofada e o primeiro Fischer Price são mimos da Dinda Aninha, assim como o pijama amarelo. No caso de ser a Olívia, o cachorro cor-de-rosa é presente da tia Fernanda. As pantufas de patinho são da tia Gisa. Meinhas coloridas, tia Carol, meia amarela, tia Miriam....ui, cansam esses paparicos!!!!



Letícia De Castro

(Um chuchu se reproduzindo, e bem feliz, beeeeem feliz)

14 de abril de 2007

13 de abril, Dia Internacional do Beijo



Ontem foi dia do beijo

Bom, todos sabem que escolher uma data para comemorar seja lá o que for sofre um processo cultural independente da origem – podendo ser comercial, dogmático ou tirano. Com o beijo, nada diferente, não se sabe quem instituiu o Dia do Beijo e nem ao certo quando o delicioso acompanhamento do afeto surgiu. Há quem diga que foi no ano 500 antes de Cristo, na Índia; e os indianos são conhecidos pelo culto ao sexo e ao prazer, bem faz eles, digo eu.

Mas continuando, Charles Darwin, no entanto, acreditava que o beijo se tratava de um processo evolutivo das mordidas que os macacos davam nos parceiros em ritos pré-sexuais, notemos aí que as preliminares já eram importantes. Convenhamos, Darwin não era lá muito romântico, mas o que ele diz sobre o movimento da boca faz sentido – se é que alguma coisa faz sentido em se tratando de beijos. Pensemos, as macacas, nossas primas chegadas, são conhecidas pelo gênio difícil. É provável que tenham começado a reclamar da força das mordiscadas dos seus amantes macacos - pouco acostumados com o carinho pós-coito. Os primos macacos, não suportando mais a ladainha das primas macacas, foram cedendo e adaptando a dentada pelo leve toque dos robustos lábios. E para falar a verdade, uma teoria não anula a outra. Os indianos são ótimos observadores e cultuam, entre outros animais, os macacos. Vendo os beijos dos nossos primos, talvez tenham incorporado o “jeito” para deleite humano. Sábios indianos.

Bom, mas há também quem diga que o beijo surgiu das lambidas que os homens das cavernas davam em seus companheiros em busca de sal. Ou ainda uma variante de um gesto de carinho das mulheres das cavernas que mastigavam os alimentos e punham na boca de seus filhos pequenos. Menos sensual essa hipótese, mas ainda assim possível já que Freud explica o comportamento diante da relação mãe-filho num processo bem parecido. Com tudo isso, porém, ainda acho que os indianos ganham longe na adaptação.

O fato é que independente da origem, o beijo é uma instituição do carinho. Hoje em dia, talvez, possamos até dizer que é normal beijar sem afeto, mas gostar de alguém sem beijo é crueldade. Diante disso, criou-se a necessidade de eleger um dia inteiro para lembrar as pessoas o quanto o gesto de encostar os lábios na face, na boca ou no vasto horizonte do prazer humano é imperativo. Palavra chave: lembrar. Em alguns países existem as chamdas “Paradas”. Parada do dia da criança, parada do dia de ação de graças, parada gay – já tradicional por aqui também, parada da independência, ou seja, um dia de parar para refletir sobre as conquistas, as formas, as evidências e as tendências – não propriamente nessa ordem. O beijo até tem algo parecido na Parada do Amor em Berlin, mas perde feio para as lutas anti-segregadoras do homossexualismo. Beijo mesmo, mais para chocar.

Em razão disso, proponho então, uma “Parada do Beijo”, todo mundo beijando filhos, avós, primos, amigos, namorados, cônjuges, amantes, desconhecidos, vizinhos, colaboradores, sócios, colegas, flores, bichos. Essa infinidade de pequenas sociedades que nos movem na transformação diária. Essa transferência de experiências, mesmo na rotina, possibilita elementos de surpresa. Ok, segundo quem? Segundo eu mesma, oras. Isso não é um fato científico até agora, e menos ainda uma matéria com fonte conhecida. Sou eu dizendo que beijos são sempre surpreendentes. Se for um beijo sem caso, que seja descartado, mas que exista para ser mais um elemento comparativo.
Ontem beijei conhecidos, desconhecidos, amigos, parentes. Alguns virtualmente, outros in persona. Beijos ao ar, ao mar, ao par. Sem fronteiras e sem vergonha, beijo é beijo e eu me mordo por um, dois ou mil. Beijo quente, molhado, mordido, suado, na chuva.... no início, durante e no fim. Pescoço, dorso, bochecha, boca, nuca... “ e sempre e tanto, que mesmo em face do maior encanto, dele se encante mais meu pensamento” para não deixar de falar em Vinícius de Moraes.

Imagem: O Beijo de GUSTAVE KLIMT in 1907/8.




(Letícia De Castro, beijoqueira de sempre e tanto...)

25 de março de 2007

Notícia mais linda de 2006

Marido canta e mulher acorda após 10 anos em coma

Uma chinesa recuperou a consciência após 10 anos em coma, depois de seu marido passar todo esse tempo cantando ao lado da sua cama, informou hoje o jornal China Daily. O casal, que se conhecia desde a infância, está casado há 50 anos e vive na cidade de Nanjing, capital da província de Jiangsu, no leste da China.

Chang entrou em coma em 1996, após uma grave doença. Seu marido, Yang, lembrou que quando os dois eram jovens uma das coisas de que ela mais gostava era ouvi-lo cantar.
Com a esperança de despertar a mulher, Yang, que atualmente está com 75 anos, começou a aprender a tocar teclado e compor canções para ela.
Segundo os médicos, Chang abriu os olhos no momento em que Yang acabava de cantar um desses temas, e pronunciou "claramente" o nome do marido.
Fonte: EFE
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( Seguindo a acreditar na humanindade, Letícia B. De Castro)

3 de janeiro de 2007

Liberdade, Igualdade e Democracia


Dia desses estava "futricando" as minha comunidades do Orkut e achei a do Saramago. Fiquei curiosa porque me dei conta de que, embora seja parte deste grupo de pessoas que admiram o autor, nunca havia dado atenção ao conteúdo da página. Qual não foi minha surpresa ao ler o relato de um jovem que foi a Portugal e se chocou com a antipatia do povo português para com seu ilustre escritor. Ao que me faz pensar que não somente as pessoas deixaram de entendê-lo, mas jogaram-no ao vácuo da história da literatura portuguesa.
É espantosa a capacidade que alguns têm de desvalorizar o que é seu. Não é fato só em Portugal, mas em todos os lugares. Com alguma ressalva pros gaúchos, baianos, americanos, russos, mexicanos e cubanos, orgulhosos de revoluções perdidas, tradições centenárias e lendas urbanas. Saramago é uma mente livre, um nome sem um único sujeito, mas vários. Uma pedra de saber e uma pena leve de alegria.
Não posso aceitar, a já sabia dessa rejeição ao Saramago em Portugal, que os nossos colonizadores sejam tão capciosos a esse ponto. Como alguém disse, pode ser parte do "catolicismo", mas ainda acho que é mais longe, surge da incapacidade de abrir os olhos ao fantástico. Há quem não aceite a liberdade, ainda menos a alheia. Há os que nem entendem a diferença de liberdade, igualdade e democracia. Como esperar que amem Saramago como nós, brasileiros acostumados a buscar os três conceitos? E pensar que eram ótimos navegadores - agora não conseguem enxergar além de seus próprios ombros - ensaiando a cegueira dominante, talvez.
Saramago, alheio a isso, vislumbra o horizonte fértil da literatura, da liberdade e da busca pela igualdade. Quem o viu falando sobre a Utopia, sabe exatamente a que estou me referindo. Pena os portugueses não lhe darem ouvidos, teriam muito o que aprender sobre si mesmos.
Letícia de Castro
(cega, surda e livre da mediocridade)