21 de novembro de 2006



Necessidades II

Preciso de um café forte, de açúcar na ponta do dedo, idéias luminosas, caras novas, amigos de sempre, amigas sinceras (existem), segredos de liquidificador – seja lá o que for. Um amor sem dor, um dia sem pressa, uma lua completa, uma noite cheia e um sapato confortável. Uma bandeira pra defender, uma luta pra acreditar, uma música pra escrever, um livro pra pensar, uma sinal pra entender.
Preciso de pessoas com defeitos diferentes dos meus, carinho no pescoço, perfume novo, um puff confortável, uma tarde no aeroporto pra partir pra lugar nenhum. E claro, de um creme hidratante novo.
(Letícia de Castro, falei massagem?)

20 de junho de 2006

Gente,

recebi reclamações a respeito da minha ausência no blog. Desculpem, mas estou num processo criativo distante da net nesse momento. Eu prometo retornar coma torneirinha de bobagens com muita pressão em breve. Me dêem só um tempinho.

Beijão e nos vemos no buteco.

Letícia De Castro
(trabalhando e aproveitando tudo)

14 de maio de 2006

Festa de Aniver. Uns foram só pra marcar presença, outros pra conferir a oferta de Chuchu, mas todos pra me darem um beijão de FELIZ ANIVERSÁRIO - e foi um muito feliz aniversário.
Obrigada queridos amigos pela presença. Carol, sem palavras pela surpresa. Presentão.
Adooooro Vocês.
P.S: Tem mais murais vindo aí.

Letícia De Castro
(ficando mais velha, mais feliz e mais.... hehehe)

9 de maio de 2006


Meu aniver é no dia 15, mas a bebedeira e celebração vão ser no dia 13.
Não aceito desculpas esfarrapadas para ausência dos amigos.
Beijoooos

Convite by Fernando Salles - Neo comunicação - Florianópolis

Letícia De Castro

(ficando mais velha e mais mais feliz- vai entender)

29 de abril de 2006

Dor ....

Ainda me é um mistério como um escravo se mantinha em pé, com a força dos pulmões em dia e com o coração em pleno funcionamento diante da opressão e da dor. Negros vivos em corpos fracos pela dor, e ao mesmo tempo fortes pela lida insuportável.
É sufocante saber que existiu um mundo escravagista, é dolorido descobrir a tortura aos negros, indígenas e outros tantos povos que sucumbiram à sede de poder e cobiça dos ignorantes.
A dor maior é saber que escravidão está longe de acabar. E ainda pior à medida que os expostos a esse absurdo vão mostrando carinhas inocentes e ainda indiferentes ao que a vida lhes deve: dignidade. Crianças em regime de trabalho escravo no Brasil - meu país que acolheu negros africanos pra construir uma riqueza que jamais chegou a beneficiá-los, bem oposto disso. Matou, surrou e injustiçou. Se hoje temos uma cultura forte, uma lingua linda e um povo genuinamente alegre, temos que reconhecer o esforço dos negros indomáveis. Saíam do tronco com a alma renovada pelas feridas da injustiça. Devemos muito aos negros e ainda há gente que não entende.
Até quando o ser humano vai se auto-destruir? Até quando as pessoas vão ignorar o fato de que independente de cor, credo, tamanho e lingua, são todos feitos da mesma essência. Digo isso com um medo enorme de estar enganada, pois não me vejo numa mesma "espécie" que estes brutos dominadores fazem parte. Não entendo e não aceito.
Alguém aí entende? Se aceitar, por favor, nem me contem, a inconformidade seria intolerável até pra mim que pratico a tolerância.
P.S: escrevo isso depois de dormir à tarde e sonhar que estava vendo um escravo sendo "torturado" no tronco.... Não sei porque raios sonhei com isso, mas o fato é que acordei chorando. Meus sonhos são loucos..... Muito loucos.

Letícia De Castro
(Vivam e deixem viver malditos opressores)

19 de abril de 2006


"Cansei de ser sexy".... calma, é só uma banda que estou ouvindo ultimamente.
Sem assunto, sem sono, sem inspiração. Só não posso dizer sem vergonha porque isso está sobrando pra 8 gerações. Ô vida.... Ah o açúcar é pra adoçar a vida depois de um feriado de páscoa - ok, estava doce, mas o feriado acabou e com ele minha paciência pra ser o que os outros querem que eu seja, faça o que esperam que eu faça e diga o que querem ouvir....cansei...vamos ao açúcar.

Letícia De Castro

(sem biografia interessante de mim mesma)


12 de abril de 2006

É campeão, É capeão Grêmiooooo




Bom, ainda sem palavras, traumatizada pela rebelião do meu sistema hepático e já recuperada da euforia de ser mais uma vez campeã com meu time, vim só dar uma "desculpa" esfarrapada pra minha ausência do blog.

Não que eu tenha muitos fãs, mas os poucos são muito exigentes, o que é ótimo, por isso vim me justificar.

Guris e gurias, em breve volto com mais "abobrinhas" do mundo de Chuchu!!!!

Amanhã mesmo, aguardem.

Beijão

Letícia De Castro
(cumprindo acordo de trégua pro fígado - até hoje hehehe)

7 de abril de 2006

Dia do Jornalista

Muita coisa me passa pela cabeça nesse dia. Uma comemoração de pertencer a uma classe trabalhadora, mas ao mesmo tempo, preocupação de não se sentir inserida na pauta.


Pertinente um texto que recebi do amigo Montserrat falando da diferença do profissionalismo e da vocação. Aqui estou eu, no dia do jornalista em busca da própria conclusão se sou uma profissional ou uma jornalista por vocação. O texto se referia à vocação para a política, e eu só sofrendo pelo profissionalismo dela. Mas esse é outro assunto.


Estou em crise profissional justamente porque não consigo exercer da maneira que gostaria a minha vocação. Se é que alguém ainda acredita em fazer as coisas por prazer, por respeito ou com dignidade. O jornalismo, quando ainda nem sabia o que queria como profissão, mas sentia a vocação pra comunicação me chamando, era um território livre, conquistado pelos rebeldes das artes dos anos 70. Esse era o ambiente que eu sonhava no jornalismo. No meio do caminho - na faculdade - já comecei a ver a imagem turva da censura.


Quem tem empregador sabe do que estou falando e quem tem o vírus da informação também. É claro que trazemos um conhecimento empírico, uma formação que nos impede de ser imparcial - utopia achar possível a imparcialidade num mundo tão à direita. Ou se é contra ou a favor, e não me venham com FHCsismos de centralização que não cola.


Pois bem, dia do jornalista e o máximo de homenagem que consigo prestar aos colegas é dizer que não tá morto quem peleja. Que Herzog não morreu a toa, que a liberdade de imprensa, embora hoje conhecida como liberdade de empresa é possível nos livros, nas biografias, nos quadrinhos, nas rodas de amigos, no msn, no telefone e no e-mail.


Muito boa sorte caros amigos, que a agência nos prestigie com boas contas e que a carta fique cada dia maior. Continuemos observando a imprensa como as bundas dos transeuntes entre as folhas do estado ou do globo todo. Nós temos sim uma vida super interessante, digna de admiração e veja você, que a zero hora nos entorpece com o sono emburrecido, o povo corre pro correio e a moda é ser fiel aos que nos pagam. Isto é, o importante é estar calado aos problemas, cego na incerteza e surdo para a denúncia. E quando houver denúncia, não precisa correr pra confirmar - publica que depois a gente pensa nisso.


Está difícil com o jornalismo imediato e portanto perigoso de acreditar. Fica difícil com a edição irresponsável ou responsável pelas finanças da empresa. Continua complicado, mas nós somos vocacionistas. Arte, política, economia, esporte, beleza, cultura, gastronomia, informática, crianças, moda, cinema, tv, fechamento de jornal, reunião de pauta, marcar com a fonte, editar o vt, entrevistar o convidado no estúdio, buscar uma vinheta, sonhar com as férias, beber e falar das pautas inúteis, repórteres reclamando dos produtores, editores reclamando dos repórteres, produtores levando problemas pra casa e chefia insatisfeita com a vida. E claro, a glamourização do jornalismo que nos impele ao desemprego.


Parabéns.

29 de março de 2006

Dia dos bobos


Companheiros tricolores, ouvimos sempre que ser gremista é achar que dá. Essa frase nunca fez tanto sentido quanto nessa semana, pois acreditamos – mais ainda depois da final com Náutico – que ser gremista é ser maior que expectativas e previsões, é saber que não importa o resultado. Compreender que a história do Grêmio é a nossa maior fonte de energia.

Sábado, dia 1º de abril de 2006, 16 horas, Olímpico lotado, torcida motivada e colorida. Essa é a imagem que vai ficar na cabeça dos colorados corajosos presentes no Monumental quando se perguntarem de onde tiramos essa paixão. Não vão entender de onde vem o resultado da união entre torcida e time e atribuirão a lenda do dia dos bobos à derrota dos colorados. O segundo jogo, já em casa, não vai ser menos tenso, ao contrário, será desesperador pra eles que já não sabem como acreditar no próprio clube. O sentimento ou sensação familiar aos colorados é o medo, gremista só conhece fé, esperança e certeza.

Então companheiros, a obrigação é deles, o lucro é nosso. Quando formos campeões do gauchão os colorados vão precisar de uma carona do nosso astronauta Marcos Pontes pra saírem do planeta. Colorado nenhum vai dormir nesta terra que há muito tempo tem dono – o Grêmio Futebol Porto-alegrense.

Palmas pros tricolores que não se abatem nas previsões. Força guerreiros que entrarão em campo pra confirmarem nosso retrospecto de conquistas difíceis e por isso mesmo tão valorosas.

1º de abril, dia nacional dos bobos do internacional. Pra não perder a piadinha e trocadilho infame: que venha o GRE – nalda. Desculpem, foi mais forte.

Força Grêmio – hey.

Letícia De Castro
(sem limites pra paixão)

28 de março de 2006

Esporro de poeta dói mais que surra de vó

Passeando pela net pensando na vida e na ordem das coisas e me dando conta que essa ordem faz menos sentido a cada dia que passa, me deparei com esse poema do Vinicius Poetinha Que Cala Fundo dos Meus Medos de Moraes .... ele tem um efeito avassalador sobre mim, sempre que eu leio Vinicius algo se transforma. Lá vai:
_
Quem já passou por essa vida e não viveu
pode ser mais, mas sabe menos do que eu
_
Porque a vida só se dá pra quem se deu,
pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu
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Quem nunca curtiu uma paixão
nunca vai ter nada, não
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Não há mal pior do que a descrença,
mesmo o amor que não compensa
é melhor que a solidão
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Abre os teus braços,
meu irmão, deixa cair,
pra que somar se a gente pode dividir
_
Eu francamente já não quero nem saber
de quem não vai porque tem medo de sofrer
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Ai de quem não rasga o coração
esse não vai ter perdão
_
Quem nunca curtiu uma paixão
nunca vai ter nada, não...
_
O medo de me arrebentar estava maior que o medo de nunca mais sentir o friozinho na barriga e a ansiedade pelo telefonema despretencioso.... acordei poetinha.
Te amo, esteja na estrela que estiver, obrigada!
Letícia De Castro
(levando esporro do Vinicius de Moraes)

18 de março de 2006

On the Road

Estou com o pé na estrada, ou com as trancinhas no ar, como queiram, por isso estou temporariamente sem postar nada. Na volta conto umas curiosidades e mostro fotos.
Curitiba está fervendo com o Festival Nacional de Teatro e dois eventos da ONU tratado da Biodiversidade.... Tô no lugar certo, na hora certa hehehehe.
Beijão e cuidem-se!!!!

12 de março de 2006

Fome??? Então vejam isso

O pessoal voltou com fome do carnaval.
Ontem à noite, depois de muita dança, risadas e algum teor alcólico alterado resolvemos comer cachorro-quente, por mais temerário que isso pareça, foi um desejo coletivo. Fomos a procura do cachorro tradicional, o da República. Bom, a má notícia veio com a cara de debochado do vendedor dizendo que tinha acabado o pão. Por mais irônico que pareça, a corrocinha fica em frente a uma padaria 24 horas. Ok, ainda há o Habbib´s aberto, sim porque as outras lancherias dos entornos da Lima e Silva estavam todos de portas cerradas. Rumo ao Habbib´s com muita fome e já na porta a notícia: não tem esfirra e kibe. Bom, mas tem os outros né, ao que o moço da portaria respondeu positivamente. Entramos, sentamo-nos e fomos fazer os pedidos. Resultado: saímos da lancheria "árabe" com fome, pois nada havia pra comer. Acabamos no "Mac Donalds". Até que enfim... daí minha vontade de comer se resumiu somente a uma batata frita gigante e um suco de uva do tamanho "combo", segundo a espirituasa amiga Nai.
Se forem comer em bares em Porto Alegre sugiro que façam um lanche antes de sair, pois podem ficar só na vontade.

Letícia De Castro
(fome de escolher o que comer)

8 de março de 2006



Homenagem às colegas de gênero,
que continuam exalando perfume,
distribuindo charme,
afirmando a competência e mostrando
a sensibilidade tão precisada
nesse nosso mundo a beira do caos!!!
Parabéns gurias.
Ao lado, um presentinho pra lembrar que nós somos tudo, menos bobas de dispensar a atenção, carinho, massagem e outros chamegos.... desses nossos homens hehehehe
Ah, a Cíntia me mandou o texto abaixo, achei muito legal e estou repassando em homenagem a ela e a nós!!!

Mulher ao Espelho

Hoje, que seja esta ou aquela, pouco me importa.
Quero apenas parecer bela, pois, seja qual for, estou morta.
Já fui loura, já fui morena, já fui Margarida e Beatriz,
Já fui Maria e Madalena. Só não pude ser como quis.

Que mal fez, essa cor fingida do meu cabelo, e do meu rosto,
se é tudo tinta:
o mundo, a vida,o contentamento, o desgosto?

Por fora, serei como queira, a moda, que vai me matando.
Que me levem pele e caveira ao nada, não me importa quando.

Mas quem viu, tão dilacerados, olhos, braços e sonhos seus,
e morreu pelos seus pecados, falará com Deus.
Falará, coberta de luzes, do alto penteado ao rubro artelho.
Porque uns expiram sobre cruzes, outros, buscando-se no espelho.

Cecília Meireles

"Até quando terás, minha alma, esta doçura,este dom de sofrer, este poder de amar,a força de estar sempre – insegura – seguracomo a flecha que segue a trajetória obscura,fiel ao seu movimento, exata em seu lugar...?"

Cecília Meireles

4 de março de 2006

Surpresa


Na verdade o erro maior é agir todos os dias como se fossem ordinários, normais, sem espaço pro novo ou pra surpresa. Não sei nem se é erro, mas definitivamente é um desafio acordar e ver tudo estranho, não no sentido negativo, mas surpreendente.

Conhecer alguém diferente todos os dias, reconhecer um lugar que só foi visto nos nossos sonhos, sentir o gosto de uma comida exótica, ver sob outro ângulo o gol que deu o título do time favorito, amar de todas as formas, sentir o frio na barriga com um olhar, se apaixonar todos os dias.

Assisti ao filme “Como se fosse a primeira vez” com Adam Sandler e Drew Barrymore, filme bobinho, mas que cala fundo no coração de uma mulher a beira de um ataque de nervos porque não consegue achar o caminho do meio entre a entrega total a alguém ou a indiferença. Parece cruel falar assim, mas é exatamente o que nós, mulheres dos anos 2000 nos tornamos com a pressão que o movimento feminista (e olha que sou eu mesma uma feminista) e as mães e avós nos direcionam. “Não tenham filhos cedo, não casem, não acreditem em homem, não caiam na conversa mole daquele gato porque ele é um exemplar do modelo que não deu certo na fabricação do marido e amante ideal”. Ai, que emaranhado de besteiras. Não existe uma fórmula ou um manual. E se existisse, ninguém leria. Eu nunca li manual de nada, não seria da minha vida que o faria. Bom, esse é outro assunto. O que eu quero dizer é que é muito difícil ser diferente num mundo rotulado e rotulante, é muito difícil ser única no meio de tantas perfeições, e perfeita onde já tem tanto desinteresse.

Acordar todos os dias e ver um lugar diferente, uma pessoa tentando te conquistar, e se deixar ser conquistada, um olhar de surpresa pra cada atitude carinhosa, isso por si não dá espaço a decepção.

Falar é fácil, como sempre. Agir diferente e ter um retorno disso é o grande desafio. Será que um dia eu vou consiguir agir como se fosse conquistar o mundo, acumulando só a vontade disso e não o cansaço e o hábito?! Seria mais fácil se muita gente entrasse no clima, ou pelo menos um exemplar imperfeito da espécie humana do gênero masculino. Isso já me daria um bom incentivo. Vejamos. Fica como surpresa se conseguir.

E pra eu enfiar um clipe na jugular de vez, vai passar “Diário de uma Paixão” no mesmo canal, ás 21 horas. Ou seja, as chances de eu ir na reabertura do bar-minha-segunda-casa da abnegada modelo da espécie humana do gênero feminino aqui ir com a cara inchada é enorme. Eu vou, definitivamente ver o filme, e certamente ao bar. Então. Que meus olhos ensopados sejam só uma nova maneira de me enxergarem. Pronto, a surpresa já começou.
Letícia De Castro
(esperando inspiração pra escrever um diário)

31 de janeiro de 2006

Ai Ai


Muitos assuntos, pouco vocabulário e disposição disponíveis. - Mãe que joga criança na lagoa, nave que explode no ar sem tripulação, candidatos a presidente e governadores, Rolling Stones no Brasil, Franz Ferdinand no Circo Voador, carnaval na Pinheira com uma turma sem noção e falta de emprego pros colegas de profissão. Ufa.


Na verdade fiquei todo esse tempo sem postar nada por pura falta de assunto. Tá, assunto é o que não falta, mas eu estou meio introspectiva mesmo. Não sou assim, estou temporariamente desse jeito. Logo passa. Vim só me justificar.

Paro por aqui antes que comece a ficar melancólica. Hoje à noite já resolvo isso com os amigos numa mesinha jogando papo fora. Não se preocupem.

Letícia De Castro
(buscando o estado de espírito perdido).

9 de janeiro de 2006

Um novo conceito de “Gatinho”

Dia desses um amigo me pediu pra fazer uma lista das coisas que eu mais gostava nos homens porque ele não acreditou que eu achava um ex-colega nosso um gatinho. Respondi que faria assim que desse tempo. Que seria fácil.

Agora, de onde eu tirei que isso seria simples? Da minha lavoura de abóboras na cabeça, isso sim. Eu ingenuamente imaginei que sabia na ponta dos dedos o que gosto nos homens. Depois de pensar muito na minha vida pregressa e na atual comecei.

Bom, não me refutando ao pedido, mas fazendo mais por convicção de que os “Gatinhos” precisam se reconhecer no mundo, listei o que mais gosto, observo ou admiro nos homens, a princípio pela estética. Já que dizem que a primeira impressão é a visual, então voila:

Eu adoro homens de barba displicente. Daquelas que não são cerradas, mas de vez em quando ele faz – uma vez a cada três meses é ótimo. Homens com o olhos cheios de mistério, com muito auto-conhecimento implícito, com alguma timidez, mas muito provocativo. Os cabelos têm que ser despenteados. Pode até ser o “cuidadosamente despenteado”, mas nada de gelzinho, ou cabelo de militar – eca. All Star. Definitivamente – um cara que usa All Star surrado tem muita personalidade. Amo homens que usam All Star com social. Mas só com calças hein. All Star com bermudas nem pensar. Camisetas, mais que camisas, calças mais que bermudas, chinelos mais que sapatos e perfume sempre – minhas perdições. De preferência, que não seja nada sarado, mas com "A Pegaaaada".

O charme do estilo de homem “Los Hermanos” ou “Sujinho Fake” está na pouca importância que da pra própria aparência. O conceito de gatinho é atribuído pra quem além de usar All Star ou Adidas com calças e camisetas fora de moda, ouvir ou tocar rock, falar bobagem com a propriedade de quem defendeu uma tese sobre o assunto, inventar um conceito sobre a verdadeira função dos palitos de dentes nos bares da zona sul e que o coelho da lua é só um efeito da propaganda da Coca-Cola nas nossas mentes desde os anos 70, está na variação de humor. Quase não há. Eles são naturalmente mais tolerantes, mais ouvintes, doces, indispensáveis nas rodas de chopp e na lista de telefone. São as pessoas que acordam tarde pra mudar o mundo, mas levantam e nunca vão pra cama sem ter feito o melhor que podiam, de preferência, acompanhados. Ta, já saí do aspecto estético dos homens, mas pra mim, inteligência é estética à medida que um cara chama atenção pelo olhar interessante de quem está pensado na melhor maneira de romper a timidez e dizer uma coisa não necessariamente inteligente, mas que valha a pena – pelo menos pra levar a mulher pra cama. Interessante é o cara que tem consciência que a mulher é linda só pelo jeito de sorrir, de falar e de como é natural ao lidar com o mundo.

Meu resumo de gatinho: um homem interessante, inteligente, estilo “Los Hermanos”, que use bermuda com chinelo sem frescura, All Star baleado com calças e camisas fora de moda. Dentes bem escovados e cabelos despenteados. Unhas bem curtinhas, mas não roídas. Cheiroso. Muito cheirosinho. Ah, e claro – muito carinhoso, inteligente e tímido. De preferência que ouça rock & roll, mas curta as novidades eletrônicas, sambarock e outras, - tudo, menos funk - sem preconceitos. E que não perca o humor quando alguém pergunta se ele está precisando de uma ajuda financeira pra comprar outra calça, já que parece estar sempre com a mesma. Isso é ser um gatinho.

Um primo meu se reconheceu no estilo “Los Hermanos” e acho que agora tem mais consciência de que é um gatinho!!!! - Tímidos do estilo “Sujinho Fake”, vocês são nossos preferidos. Não duvidem disso!!!!

Letícia De Castro
(Aos Sujinhos Fakes do meu coração)

*Foto: Banda Los Hermanos


8 de janeiro de 2006

A boazinha morreu

Ainda sem palavras ela chorava. A amargura e as lágrimas que saíam dos olhos vermelhos formaram um coquetel belicoso. A dor era tanta que quase dava pra sentir a metros de distância. Ela certamente foi pega de surpresa pela própria ingenuidade. E, embora tardiamente, viu refletida nela mesma o que sempre evitou – a imagem do ciúme.

Ela voltou a ter consciência dos ciúmes, e vai pagar caro por isso. Esse veneno, quando correndo nas veias, dói. Ainda mais pra quem sofre sozinha – não demonstra e nem comenta.

E sabem e uma coisa? Ela morreu. É, ela morreu. Foi sem saber que nada disso valia a pena. A mocinha ingênua se foi.

A boa notícia é que a substituta é muito mais esperta, e a repartição agora vai funcionar mais rápida, muito mais dinâmica. E sem muitos sentimentalismos, como antes da ingênua tentar ocupar um lugar que não era dela. A ciumenta se foi, e a que ficou é bem melhor. Ô se é.

A boazinha morreu sem saber que se envenenava com o que chamava de amor.

Nessas horas a autora pensa que é uma pena que as boazinhas ainda existam para encher o saco. Argh.
"Meu propósito é ajudar o melhor possível as pessoas que vivem num constante inferno. Não no além, mas aqui mesmo na Terra...Minhas descobertas científicas, minhas teorias e métodos, visam torná-las conscientes deste inferno, para que dele possam se libertar".
Freud
Freud bem que tentou, mas as mazelas causadas por esse sentimento incoveniente ainda existem, à despeito do que precisamos.
Citações sobre o Veveno do Ciúme!!
* Imagem é obra de Frida Khalo - O suicídio de Doroty Hale.
Letícia De Castro
(com medo de sorver esse veneno)

2 de janeiro de 2006

Resoluções pra 2006

Tô divulgando as resoluções para o Ano Novo em atraso de propósito, com a intenção de que se confirmem em 2006. Sempre prometi antes da passagem e nunca deu certo, mudei de tática – veremos o resultado.


Pra começar a lista, prometo sentir menos sono, também beber mais água e menos álcool.

Prometo ser mais tolerante com as pessoas lentas, ser mais responsável e levar a sério as pessoas, as relações e paixões. Aliás, prometo que vou tentar que seja só uma boa e duradoura.

Prometo postar coisas com mais lógica e diminuir a plantação de abóboras no meu blog. Prometo estudar os tais bons modos e se algum me servir, adotar. Viajar muito, mesmo que no mesmo lugar - bom, isso é fácil pra mim hehehe.

Prometo gastar menos dinheiro no que não deveria, comprar mais livros e não perder o meu tempo e o dos outros com discussões sem sentido.

Também prometo ouvir mais, falar menos, rir igual, me divertir tanto quanto sempre e encontrar os amigos mais vezes. Ver todos os filmes que puder, continuar não tolerando funk e ouvir as melhores músicas todos os dias.

Prometo emagrecer. Aliás, essa resolução exige que eu comece a dieta que está sempre sendo adiada. Prometo tentar diminuir meus hábitos carnais (não comer tanta carne – abstinência de outros prazeres da carne seria o meu fim).

Prometo tentar não me meter em política. E por fim, prometo estar sempre ao alcance do telefone pra ouvir a voz dos amigos, as lamentações, alegrias e reclamações de saudades.

Eu tinha que prometer dar um jeito na minha memória também, porque não consigo me lembrar de mais resoluções. Sei que têm muitas outras, mas não lembro.

Beijão a todos e comecem a me cobrar essas singelas promessas!!!

(Nunca fiz um texto tão matado na minha vida. Desculpem amigos, mas as combinações de falta de sono com álcool não tiveram bom resultado na minha pessoa).

Prometo melhorar hehehe.


Letícia De Castro
(buscando a promessa perdida do ano passado)